A Loteria do Casamento

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O acompanhamento da finansfera entrou na pauta principal do Termos Reais. E um tema recorrente é a polêmica relação  entre IF x Casamento/Namoro. Os relatos e opiniões daqueles que estão em um relacionamento de longo prazo são de extrema valia para a comunidade que busca a independência financeira. Além das lições pessoais que todos levamos por conta de nossos próprios relacionamentos –  bons ou ruins – os membros da finansfera nos contemplam com histórias que nos fazem refletir sobre diversos pontos.

É comum observar menções como “casamento é ótimo, afinal minha mulher é companheira, auxilia nos afazeres e aporta conjuntamente comigo”, e também o inverso como “todos os casamentos são mentiras convenientes e vão terminar em divórcio, acabando com a caminhada da IF.”  O Termos Reais dá um passo para trás e busca analisar de forma mais objetiva. É aqui que entram as estatísticas.

Um frase como “a loteria é ótima, afinal eu ganhei na Mega Sena”, invariavelmente sofrerá uma retórica no sentido de ” você ganhou, mas quantos milhões jogaram e não ganharam?”  Mas quando o assunto é casamento, as emoções afloram, visto que se trata de um assunto que envolve tradições morais, culturais e religiosas. Então vamos dar cores mais objetivas e passar aos números.

O que os dados dizem? 

1. 50% dos casamentos nos EUA terminam em divórcio. (Curiosidade: a taxa de divórcio aumenta drasticamente em divorciados que se casaram novamente). Fonte: American Psychological Association

2. 45% dos casamentos nos EUA terminam em divórcio. Em 2014,  ocorreram 2,140, 272 casamentos e 813,862 divórcios. (Curiosidade: 79% das ex-esposas recebem pensão alimentícia dos ex-maridos) Fonte: National Vital Statistics.

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3. 45% dos casamentos na União Européia terminam em divórcio. Em 2013, ocorreram 2.100.000 casamentos e 943.000.000 divórcios (Curiosidade: o número de crianças que nasceram fora de um casamento aumentou de 27% em 2000 para 42% em 2014). Fonte: EuroStat

4. 29% dos casamentos no Brasil no ano de 2015 terminaram em divórcio. Foram 1.137.321 casamentos civis e 328.960 divórcios concedidos em 1ª instância ou por escrituras extrajudiciais. Fonte: IBGE

5. Países com as taxas de divórcio mais altas no mundo: 10º Estados Unidos (53%); 9° França (55%), 8º Cuba (56%), 7º Estônia (58%), 6° Luxemburgo (60%), 5° Espanha (61%), 4° República Tcheca (66%), 3° Hungria (67%), 2° Portugal (68%), 1° (Bélgica 71%). Fonte: UN’s Demographics and Social Statistics Division

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Taxa de Divórcios pelo mundo. Quanto mais escura a cor no mapa, mais alta a taxa de divórcios (número de divórcios em relação ao número de casamentos).

Conclusões

A base de dados apresenta uma abrangência incrível. São 320 milhões de americanos, 505 milhões de europeus e 220 milhões de brasileiros, alcançando 1 bilhão e 45 milhões de pessoas. Obviamente que crianças são descartadas desta base – afinal não tem idade legal para casar (e consequentemente divorciar) –  mas é inegável a abrangência da base de dados para conclusões razoáveis:

a) Pontos fora da curva existem em qualquer padrão estatístico. Não é porque um senhor ganhou na Mega Sena, que a Loteria passou a ser bom para todos. Também não é porque a chance de ganhar na Mega Sena, Quadra ou Loteria Esportiva é pequena, que ninguém pode ganhar. A utilização de casos específicos – pontos fora da curva – como se fosse o padrão é uma abordagem equivocada.

b) Em relação as probabilidades específicas de um matrimônio, apostar  no cara e coroa tem a mesma chance de ser bem sucedido ou não em um casamento, seja ele nos EUA ou na média geral da União Européia. Nos EUA, temos o agravante de que recasamentos apresentam taxas de divórcio ainda maior. Já na União Européia, 42% dos filhos são derivadas de relações não conjugais.

c) O cenário brasileiro apresenta uma taxa menor do que seus pares desenvolvidos, o que merece uma série de destaques. O IBGE começou a coletar informações sobre divórcios apenas a partir 1984. De 1984 a 2014, o número cresceu mais de dez vezes: passou de 30,8 mil para 341,1 mil. O divórcio ganha força  extra desde 2010, com a introdução de facilidades para a separação.

c.1) Cabe destacar que casais brasileiros podem ser impossibilitados de se separar por conta dos custos inerentes ao divórcio (cartório, advogados, documentos), e da consequente perda de padrão de vida que vem a reboque (meação do patrimônio de 50%, diferentemente de alguns Estados dos EUA que permitem uma meação não-equânime). Neste caso, o casamento permanecesse apenas no papel, mas não de fato.

d) O cenário mundial gravita em torno de 50% de taxa de divórcio, com países chegando a expressivos 65 – 70%.

A finansfera acredita que o Brasil vai caminhar para o cenário americano europeu ou o cenário brasileiro é mais favorável a perpetuação do casamento? Vocês se encaixam em qual lado da moeda? Vale a pena jogar este cara ou coroa?

 

34 comentários sobre “A Loteria do Casamento

  1. Marxismo cultural. Vários fatores contribuem pra destruir as famílias nesse contexto, desde hoje termos videogames, tv a cabo e Internet rápida, e uma vida mais confortável que leva os jovens a viver com os pais por mais tempo e nunca se tornarem maduros o suficiente pra encarar uma relação matrimonial.

    Tem uma foto interessante que rola pela Internet de jovens de 18 anos desembarcando na Europa para combater na segunda guerra mundial, comparando a outra com os homens atuais totalmente sensíveis e emasculados. Acho que este é um grande fator que leva às estatísticas atuais, se as considerarmos reais.

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    • Grande Cowboy

      Este é um assunto que rende inúmeros posts. O pessoal fica receoso se uma ação cai 20, 30%, mas não se prepara pro risco de perder 50% do patrimônio DEFINITIVAMENTE em um divórcio… Assunto de extrema importância para aqueles que buscam a IF.

      Bom te ver por aqui! Abs!

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  2. Só casar com separação total de bens para não ter sua IF arrebentada em 50%, casar com uma mulher com diploma universitário pra não ser obrigado à sustentá-la indefinidamente e realizar a santa cirurgia de vasectomia que impedirá uma gorda pensão de 1/3 do salário + rendimentos da IF seja destinada ao pagamento de pensão alimentícia aos filhos em caso de divórcio.

    Problema do casamento destruindo a IF da finansfera resolvido.

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    • Amri Barca, apenas uma consideração sobre a a meação: mesmo em casamentos com regime de separação total, alguns magistrados determinam – em uma espécie de justiça social – poupudas pensões para a ex-esposa, como forma de compensar o regime de bens escolhido. Sim, é difícil de aceitar, mas é isso que acontece na prática, inclusive em alguns Estados dos EUA.

      Apareça mais por aqui! Abs!

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      • Amri aqui, comentando com outro Nick.

        Por isso frisei o “diploma universitário”. O Juiz utiliza isso como base para saber se a mulher foi ou não “injustiçada”. Sem o maldito diploma, o juiz entende que a mulher fica vulnerável e pode requerer que se pague pensão vitalícia para ela mesmo se ela trabalhar, isso é para complementar o padrão de vida que ela tinha antes da separação. Com o diploma universitário, o Juiz só pode obrigar o pagamento de pensão pra mulher por até 1 ano.

        Em casos de separação amigável não há pagamento de pensão nem divisão de nada, (eu mesmo já me divorciei pagando apenas as custas de cartório e honorários do advogado) mas já aconteceu com um amigo meu que separou recentemente, onde não houve acordo amigável, o Juiz sentenciou que a mulher era capaz de se virar sozinha justamente por ter o bendito “diploma”, mas… como ela estava fazendo um tratamento médico, o juiz quis fazer a tal da “justiça”, obrigando ele a pagar o convênio médico dela até o fim do tratamento (por 6 meses), já que ela estava desempregada.

        E para complementar, não se case com mãe solteira e assuma os filhos dela!

        O Juiz pode requerer que se pague pensão para um filho que nem é seu por causa da “paternidade socio-afetiva”, essa é a situação mais absurda de todas, já vi casos de traição que o filho não era do cara e mesmo com o teste de DNA provando para o Juiz que não era filho dele, o mesmo tascou-lhe a pensão por causa dessa “paternidade socio-afetiva”.

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      • Fala Mr B

        Estas situações que você mencionou são justamente os exemplos que os homens da finansfera levam em consideração (ou deveriam levar) na hora de se comprometer em um casamento.

        Percebo que alguns ainda tem uma ideia bem romantizada sobre casamentos. Como dito, 50% das vezes a conta amarga chega. E quando chega, o tapa na cara da realidade costuma doer. Para este pessoal, torço para que não seja tarde demais, pois o impacto financeiro costuma ser grande.

        Alguém com 1 milhão, passa a ter 500 mil e com obrigações de pensões. Isso é para deixar qualquer um abalado.

        Abs e seja sempre bem vindo!

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  3. Termos Reais, excelente post.
    Eu já fui pedido em casamento (sim, você leu corretamente e não, eu não digitei errado, hehehe) e fui bem claro que queria, mas naquele momento era financeiramente impossível. Acabou-se ali o namoro.

    Enfim, penso em me casar e construir família. Tenho pra mim que é algo bom e importante (mas não sei se fundamental).

    Curiosamente, corroborando com os dados apresentados, há os trazidos pelo livro “o milionário mora ao lado”. Em que pese sejam dados “antigos” (1995), mostram que àquela época, a maioria dos milionários manteve seu casamento.

    Casar é caro. Separar é mais caro.
    Acrescente-se a falta de educação financeira e ao tabu que é o tema finaças, temperado pelo “fato” de que “é feio casar com separação de bens”, que você tem a receita para o desastre, caso as coisas não deem certo.

    O que o CF disse acima também é muito relevante. As pessoas são imaturas para um relacionamento conjugal. Ficam muito tempo na casa dos pais (como eu kkkk) e quando encontram alguém, parece que querem fugir da casa dos velhos, porque não mais precisarão cumprir regras.
    Esquecem-se que morar com outra pessoa é um novo desafio, que tem um período de adaptação e coisa e tal.

    Bem, já me alonguei muito.

    Abc

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    • Grande FPI! Que moral em?! Arrasando corações das moças! =D

      Apesar do baque inicial, acredito que pensando friamente hoje, você deva entender que o melhor foi o rompimento. Essa jogada dela é o que os americanos chamam de ‘Shit Test (vou escrever sobre isso posteriormente). E você manteve seu posicionamento inicial rumo aos seus objetivos profissionais, financeiros, etc. Pode parecer contrassenso, mas contrariar forçadas de barra das mulheres aumenta o respeito delas por você.

      Seja sempre bem vindo por aqui! Abs

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  4. TR,

    Assunto extenso mesmo hein. Bom vários fatores deixaram de ser considerados. O post é ótimo mas só contempla os casamentos fracassados e quando digo fracassados não quero falar do número de divórcios e sim de casamento que acontecem sem planejamento e repentinamente.

    Meu primo casou novo porque a mulher engravidou e não durou 2 anos de casado, depois namorou 8 anos uma menina e não casou, logo depois arrumou uma namorada e com menos de um ano casou. O que podemos concluir? Que ele não sabe o que está fazendo. Pode até ser que agora ele fique casado, tá mais maduro e tal mas de qualquer maneira ele pode ser comparado com um trader que não estuda e perde dinheiro na bolsa.

    Eu fui casado e posso dizer que casei novo demais na empolgação. Minha ex é uma excelente pessoa mas tenho que admitir que financeiramente eu só iria pro buraco não porque ela me sugava mas porque ela não trabalhava e não somava então todas as contas eram somente minha. Qual meu erro? Empolgação de garoto novo mais uma vez.

    Após alguns anos estou começando a me enrolar de novo mas qual o cenário atual? Minha mulher hoje ganha praticamente igual a mim, já tem o ap e o carro dela, tem dinheiro investido e dividimos exatamente todos os gastos em comum. Restaurante, bares, viagens, coisas para casa, tudo é dividido e um não se mete no dinheiro do outro. Estamos mais maduros sem preocupações de adolescentes, sem ciúmes bobos. Hoje eu digo que se as pessoas começassem um relacionamento como eu comecei este, esta taxa de divórico cairia absurdamente.

    Não posso negar que até chegar neste ponto tomei muito esporro quando também era pedido em namoro e eu negava kkkkkk., Se deixar, nos homens, ficaremos a vida toda nessa de pegar umas e outras sempre.

    Abraço!

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    • Belo relato, BPM.

      No entanto, não desconsiderei nenhum fator. Apenas apresentei os dados ao leitor. Cabe a nós da finansfera realizar a discussão sobre as premissas que influenciam em um relacionamento bem sucedido ou não. Veja que todos aqui que comentaram apresentaram um relato diferente do outro. É um tema que rende muitas discussões. E o ponto crucial é a influência destes relacionamentos mal sucedidos (em uma taxa semelhante ao cara e coroa) sobre a IF. O ponto convergente em toda a questão apresentada pelos colegas da finasfera é justamente discutir todas as armadilhas que podem prejudicar a IF.

      Os números são esses e o cenário é parecido em todos os países pesquisados: taxa de divórcio gravita em torno de 50%. A interpretação desses dados é justamente o que queremos fazer, através de relatos e opiniões que somam – como a sua. Tudo é válido para disseminar experiências e conhecimento, visando não cair nos erros que outros já cometeram.

      Abs amigo!

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      • Entendi TR,

        Realmente essa é uma das maiores armadilhas no que tange perder parte do patrimônio kkkkk.

        By the way, excelente pesquisa, nem sabia que tinha tantos dados sobre o fracasso do casamento kkkk.

        Abraço!

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  5. Assunto bastante interessante. Digo a voce que eu realmente tenho medo desta palavra “casamento”. Vejo muita hipocrisia por ae. Mulheres casadas se envolvendo com outros homens, divórcios que arrebentam pro lado principalmente masculino e por fim a famigerada “alienação parental”. Não obstante, devemos lembrar tambem que o prejuízo de um divórcio não é só na parte financeira. Percebe-se principalmente na parte emocional. Eu sou muito crítico quanto a esse lado de “viver feliz para sempre”. Muitos casais são somente de fachada e a traição rola solta. Caso eu resolva me aventurar um dia nesse lado, o tipo de mulher que eu procuraria seria frugal economica (algo bem raro hoje em dia…grande maioria das mulheres querem um cara pronto e muitas nao sabem sobre a palavra “economizar” e “investir”), que possua pensamentos de crescimento semelhante aos meus para que possamos formar uma equipe e crescer sempre, respeito e paciencia.

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    • Não apenas você tem medo de casamento. Os homens que se questionam, que pensam profundamente, que racionalizam sobre o sistema, se perguntam cada vez mais: qual a vantagem em se casar?

      O casamento é o único contrato em que se uma das partes quebrar os termos anteriormente fixados, ela pode ser beneficiada pela própria torpeza, ficando com 50% dos bens e ainda uma pensão.

      Se você seguir por este caminho, de procurar uma mulher com estas qualidades que mencionou, você encontrará uma grande companheira em sua jornada. Mas sempre se lembre: as mulheres não querem a beleza da jornada, elas querem usufruir o resultado. A natureza intrínseca do homem é justamente a jornada.

      Abs Vitor e seja sempre bem vindo!

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  6. Excelente texto Termos!

    Cara, casamento é um tema muito controverso, eu mesmo não vejo muita vantagem em se casar, ou melhor, penso que há mais desvantagens que vantagens no frigir dos ovos.

    Outro dia estava ouvindo uma entrevista do Arthur Petry e ele foi perguntado se ele acredita que conseguirá começar e manter um relacionamento atualmente. Ele respondeu que não pois a mulher pra ele tem que ter três características: Ser bonita, não gostar de álcool e ser caseira. Assim como ele, eu rebobinei a fita da minha mente pra lembrar de todas as mulheres que eu conheço e conheci na vida. Nenhuma apresentou/apresenta estas três características, se tem duas falta uma ou falta duas e tem uma…

    É claro que eu sou uma evidência anedótica e não sirvo de parâmetro mas é muito difícil encontrar algum parceiro alinhado ao seu objetivo de vida e pretensões…

    Abraços e Suce$$o meu caro!

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    • Noimon Agori

      Analisando racionalmente os riscos de downside de um casamento, um homem deveria pensar cuidadosamente a respeito. Perder 50% do patrimônio é um golpe duro. Pagar pensão mensalmente para uma ex-mulher que já está se relacionando com outro chega a ser humilhante para um homem com auto estima.

      Suas dúvidas são as mesmas daqueles que refletem melhor a respeito desta instituição que já perdeu sua essência – e vem perdendo cada vez mais.

      Seja sempre bem vindo por aqui! Abs

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      • “Pagar pensão mensalmente para uma ex-mulher que já está se relacionando com outro chega a ser humilhante para um homem com auto estima”.
        Deu até tristeza imaginar uma situação assim, rs…
        Por isso o cara tem que analisar bem e escolher uma pessoa compatível ou então buscar outros horizontes.

        Vlw!

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      • Existem inúmeros casos análogos como este: além de divorciado, com patrimônio reduzido a metade, psicológico em frangalhos, ainda cabe ao rapaz pagar mensalmente uma quantia a sua ex-esposa, enquanto a mesma já está investindo em outro relacionamento.

        Abs!

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  7. Eae T.R,
    Muito interessante a temática abordada.
    Com minha experiência vejo que relacionamento duradouro é oriundo de maturidade e compatibilidade.
    Quando jovens, agimos somente por emoção (muito falam em amor/paixão). Após algumas décadas, nosso olhar crítico se aguça e buscamos qualidades distintas em nosso relacionamento.
    Veja minha trajetória por exemplo, quando jovem tive uma união estável que durou dois anos. O relacionamento terminou em função da incompatibilidade, pois a moça queria formalizar a união, bem como pensava em constituir patrimônio. Já eu, queria aproveitar a juventude e manter apenas a união estável, resultado, cansei das brigas e saí de casa. Por experiência de amigos que havia tido mts problemas com divórcio, optei por abrir mão de tudo, desde os itens domésticos ao capital guardado no banco e imóvel.
    Ou seja, pra não dar confusão deixei tudo pra ela e hoje vejo que fui otário, porém tive paz e ela continua uma boa pessoa e não há briga, confusão ou ressentimento ( lógico, tive um preju de 100k, rs… Saiu caro comprar essa paz).
    Pois bem, atualmente, após namorar por alguns anos minha atual esposa, resolvemos morar juntos, coisa que eu havia prometido nunca mais fazer. Entretanto hoje sou mais tranquilo e escolhi uma pessoa que tem os mesmos objetivos que eu.
    Vejo que depende do seu perfil e do seu objetivo, pois realmente minha mulher me ajuda mt e me sinto um cara de sorte. Claro que qualquer relacionamento tem problemas e dor de cabeça, mas vai da pessoa saber agir e resolver. Não ter alguém também tem seus malefícios, assim como ter alguém também tem seu lado negativo, porém, escolher uma pessoa compatível é muito importante.
    Hoje eu e minha companheira batalhamos juntos para conquistar a I.F. e realmente, ter alguém para somar rendimentos potencializa qualquer budget.

    Vlw!

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  8. Fala, TR,

    Conhecendo o seu blog agora e dando uma lida nos seus últimos posts.

    Este é realmente um tema muito polêmico aqui na finansfera e sempre foi na minha vida. Hoje que estou mais maduro e não aturo mais certas atitudes em relacionamentos, creio que a ideia do casamento vem se afastando cada vez mais de minha realidade. Obviamente que posso vir a me surpreender com algum parceiro, mas hj estou mais “informed” para evitar qualquer contratempo catastrófico.

    Abraços.

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  9. Fala Termo, então tô no barco do casamento, mas por muita vezes ele quase virou. É complicado pois quando estava conhecendo ele a primeira coisa que prestei atenção era se ela tinha interesse de crescer e estudar e tudo mais, e até tinha, mas vendo hoje isso mudou um pouco, trabalhos de faculdade mesmo, fico na merda na maioria das vezes pois como estou um semestre à frente ela se aproveita disso. por muitas vezes pensei em chutar o pau da barraca, mas confesso que pensei na divisão de tudo, comprar tudo de novo (apesar de não ser muita coisa), enfim. tem horas que é um bênção, outrora virar um inferno, queria ela com mais comprometimento, flexibilidade e vontade que buscar sempre mais. na época não tinha o conhecimento que tenho agora, não me arrependo totalmente, mas em parte, se tivesse o conhecimento de hoje na época com certeza tinha deixado mais claro algumas coisas e caso não fosse de acordo, talvez nem estivesse casado, porém gosto de ver as coisas pelo lado positivo se não fosse o casório, não teria mudado de cidade e conhecido a educação financeira.

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    • Fala Maromba. Excelente relato, cara. Muito bom ver todos os comentários deste post. Eles agregam e muito a discussão, pois são todos cheios de relatos reais dos membros da finansfera que buscam um mesmo objetivo: IF.

      Sem dúvidas o seu foi muito agregador e espero que tenha absorvido a experiência dos demais relatos para usá-los a seu favor.

      Abs amigo!

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  10. Pingback: Termos Reais na Estrada: O Toque de Midas da $oja | Termos Reais

  11. Nossa, só li verdades sobre o casamento!

    Pra mim, as pessoas que vão se casar tem que gostar do outro pelo motivo amoroso, não por querer algo ou benefícios sobre o conjugue! Ou casa por amor, ou não casa!

    Esses casamentos por interesse mostram realmente que o ser humano não evolui em pleno ano de 2017!!!

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  12. Acredito que o problema não é casar com alguém independente financeiramente- que se sustente, o problema é estar com alguém que não tenha esse objetivo com você, que só gaste e não tenha vontade de melhorar.
    A grande maioria das mulheres é fútil, leiga em investimentos, não aceita abrir mão de alguns luxos e quer levar o marido para o fundo do poço.
    Sorte no amor, sorte na vida, sorte nos investimentos !! Em casa essa receita está trazendo excelentes frutos..!!

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  13. Olá Termos Reais,

    Sou advogada portuguesa. Sobre a sua curiosidade acerca dos motivos para uma taxa tão alta de divórcios no meu país posso dizer que, do meu ponto de vista, isto deve-se regra geral a uma maior independência financeira (!)das mulheres portuguesas. Na verdade, as mulheres na sua esmagadora maioria eram dependentes dos maridos, que traziam o dinheiro para casa enquanto elas ficavam em casa a tratar de casa e filhos.
    A partir do momento em que as mulheres passaram a entrar no mercado de trabalho, ainda que ganhando apenas o salário mínimo, as «forças» dentro de casa começaram a equilibrar-se o que, conjuntamente com uma maior abertura moral (à cerca de apenas vinte anos atrás ser mulher divorciada era simplesmente uma vergonha e um estigma que a mulher carregava consigo), simplesmente proporcionou às mulheres não tolerarem mais levarem uma vida infeliz nos seus casamentos. Posso dizer, com propriedade porque isto é o que eu vejo no meu dia-a-dia, que aqui as mulheres divorciam-se porque efectivamente querem respeito – não é pelas chorudas pensões que se praticam aí no Brasil (pelos comentários que li), que aqui em Portugal são algo absolutamente residual.
    Acrescento ainda que me casei, com 37 anos, portanto com a maturidade que não teria nos meus vinte, e que acredito que o casamento me acrescentou e ao meu marido também. Estamos juntos no caminho da independência financeira, e é muito gratificante poder fazê-lo a dois! Recomendo!

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    • Convido você a participar com maior frequência dos Termos Reais, Sra. Portuguesa. Seu comentário foi de extrema valia para agregar valor em nossa discussão a respeito deste tema tão importante – e tão crucial na independência financeira.

      Como você bem mencionou, o cenário brasileiro se torna mais gravoso do que de Portugal, pois quando se trata de uma meação de bens + pensão mensal agressiva, o impacto no patrimônio do homem acaba se tornando maior. Portanto, visto as estatísticas e o impacto financeiro do divórcio, é meu dever alertar ao amigo da finansfera os riscos inerentes ao matrimônio.

      Seja sempre muito bem vinda!

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